quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
A Noiva de Frankesntein
"A Noiva de Frankenstein" foi feito no período do que hoje é chamado de "Série Monstros" da Universal. Na mesma época foram filmados "Drácula", "Lobisomem", "Fantasma da Ópera" e muitos outros títulos. O estúdio conseguiu criar uma série de personagens que mexiam com o imaginário das pessoas e que podem ser considerados inspiradores para os filmes B. O fato é que essas produções, com todas as dificuldades da época, são base para muitos filmes atuais. Não é por acaso que de vez em quando os grandes estúdios investem em títulos como "A Múmia", "Lobisomem", releituras de "Fantasma da Ópera" e outros.
Na verdade, esse "estilo" de filme fez muito sucesso na época também. O melhor exemplo disso é "A Noiva de Frankenstein", que continua a estória do monstro criado com pedaços de seres humanos. E um fator curioso que o estúdio apresentou na época foi a confusão gerada pela verdadeira "noiva" da personagem. Muitas pessoas esquecem que Frankenstein é o criador e não a criatura, logo, de quem seria a noiva? Do doutor ou do ser que ele criou? Até mesmo quando o filme foi lançado, havia uma interrogação ao lado do nome da atriz que interpretava a personagem que dá nome ao filme.
O Dr. Pretorius (Ernest Thesiger) não consegue convencer o Dr. Frankenstein (Colin Clive) a criar uma nova vida artificial. Até que Pretorius encontra o Monstro (Boris Karloff) e eles sequestram a noiva do Dr. Franskenstein, fazendo com que ele aceite a nova missão: criar uma companheira para o Monstro. Na continuação, o Monstro é uma personagem mais humana; ele passou muito tempo convivendo com um velho cego que o "ensinou" alguns hábitos humanos. O Monstro passa a ter, até mesmo, vícios: ele fuma, bebe e resmunga algumas palavras. Mas como no primeiro filme, ele continua sendo uma pessoa incompreendida e julgava pela aparência assustadora que tem.
"A Noiva de Frankenstein" foi muito bem aclamado pela crítica e é considerado como um dos melhores filmes do gênero da história. Mas, como a maioria das continuações, ele não conseguiu superar o primeiro filme da série e parece que foi realizado apenas porque "Frankenstein" deu muito certo, ou seja, lucro para o estúdio. Tudo bem que o final da primeira produção dá espaço para mais uma estória, mas não era necessário. É um filme razoável e não muito marcante; até porque a espera pela figura da companheira do Monstro é longa e não muito recompensadora. Para aqueles que gostaram do primeiro filme, o de 1931, vale a pena assistir para ver a continuação que os roteiristas deram ao filme, mas só por isso.
Ficha Técnica:
A Noiva de Frankenstein (Bride of Frankenstein)
Estados Unidos - 1935
Direção: James Whale
Produção: Carl Laemmle Jr
Roteiro: William Hurlbut e John L. Balderston. Baseado na obra de Mary Shelley
Fotografia: John J. Mescall
Trilha Sonora: Franz Waxman
Elenco: Colin Clive, Boris Karloff, Valerie Hobson, Ernest Thesiger, Elsa Lanchester, Gavin Gordon, Douglas Walton, Una O'Connor, Lucien Prival, O.P Heggie, Reginald Barlow, Mary Gordon, Ted Billings
Duração: 71 minutos
Marcadores:
A Noiva de Frankenstein,
Cinema Americano,
Monstros da Universal
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Quando assistir a este filme, não tinha 100% de certeza o quanto a importancia ao estilo Terror. Qua alias,os verdadeiros monstros somos nós.
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