quarta-feira, 30 de março de 2011

Entre os Muros da Escola

É impressionante a quantidade de provocações que "Entre os Muros da Escola" propõe ao espectador. Diversidade cultural, função das instituições sociais, educação da juventude e muitas outras. Mas acima de todas essas polêmicas, duas coisas ficam cada vez mais claras no cinema europeu: a urgência em fazer o espectador pensar e a abordagem de temas extremamente atuais.

O professor François, interpretado por François Bégaudeuau escritor do livro que deu origem ao filme, tem a difícil missão de ensinar e - sobretudo - educar jovens da sétima série do ensino fundamental. A maioria deles é da periferia francesa e já são todos cheios de personalidade e de visão de mundo. Esses alunos já têm noção do que é ser negro na França e do que é ser filho de imigrantes africanos no país. Atormentados pelo preconceito e pelo xenofobismo, esses jovens são extremamente desacreditados de um mundo melhor. Basta prestar atenção no debate que eles travam, a todo momento, com o prefessor - branco - François.

O curioso da realidade desses jovens é que eles tinham o poder de mudar a realidade que os pais e avós viveram. Ou seja, poderiam canalizar todo o sofrimento causado pelo preconceito, para o bem, para fazer com que a geração deles e as próximas não vivenciassem os mesmos problemas. Mas, no lugar disso, eles se fecharam em uma realidade e quem ousar transpor esse muro vai sofrer as consequências.

Em francês o nome do filme é apenas "Entre os Muros" - o que permite uma interpretação bem mais ampla. Em português, a tradução ficou "Entre os Muros da Escola" e, pra variar, a adaptação brasileira ficou bem mais abaixo que o título original. O problema é que no filme, os muros - as limitações - não só as da escola. Nesse caso, os muros são uma metáfora para explicar a dificuldade em lidar com culturas, pessoas, vidas e estilos diferentes. Cada um dos alunos da sala do professor François tem um estilo, tem uma personalidade. Saber incluir todos os estudantes de maneira democrática e fazer com que eles se sintam fazendo parte de um processo é a grande missão do educador. Os jovens de "Entre os Muros da Escola" são franceses e da periferia. Mas eles não são nada diferentes da realidade que pode ser encontrada em escolas particulares do mundo inteiro. Nos Estados Unidos, no Brasil, na Inglaterra... Em todos os países existem estudantes que desrespeitam professores e que se acham o centro do universo.

E para fazer com que o público se identifique mais ainda, o diretor Laurent Cantet não selecionou atores. O elenco do filme é composto por pessoas que não tinham nenhuma - ou quase nenhuma - experiência com atuação. E - como já foi dito - o próprio escritor do livro que deu origem à obra é o ator principal de "Entre os Muros da Escola". O mais curioso desse núcleo é que as ações dos personagens são tão naturais, que não dá pra perceber que eles não tem experiência nenhuma com as telas. Talvez nem os jovens atores mais profissionais da França, fossem conseguir transmitir tanta realidade ao filme. Os adolescentes, que realmente são da sétima série, interpretam tipos complexos talvez até sem saber.

"Entre os Muros da Escola" venceu a Palma de Ouro do Festival de Cannes e mostra como um diretor consegue prender o espectador por mais de duas horas com, praticamente, um cenário e uma trama "simples".



Ficha Técnica:

Entre os Muros da Escola (Entre les Murs)
França - 2007
Direção: Laurent Cantet
Produção: Caroline Benjo, Carole Scotta, Barbara Letellier e Simon Arnal
Roteiro: Robin Campillo e Laurent Cantet, baseado no livro de François Bégaudeau
Fotografia: Pierre Milon, Catherine Pujol e Georgi Lazarevski
Trilha Sonora:
Elenco: François Bégaudeau, Nassim Amrabt, Laura Baquela, Cherif Boundaïdja Rachedi, Juliette Demaille, Dalla Doucure, Arthur Fodel e Damien Gomes.
Duração: 128 minutos

terça-feira, 22 de março de 2011

Toy Story 3



Não é novidade os filmes Disney/Pixar ganharem o Oscar de Melhor Animação quando estão concorrendo. Na verdade, é um dos prêmios mais óbvios da Academia. E, normalmente, o vencedor dessa categoria é justo. Toy Story 3 é a melhor animação de 2011.

Mais uma vez os estúdios Disney/Pixar conseguiram fazer um filme que diverte toda a geração que acompanhou o primeiro filme da trilogia, em 1995, os pais dessa geração e as crianças que estão começando a assistir desenhos animados. O sentimento que todos dividem após assistir "Toy Story 3" é unanime: uma sensação de nostalgia enorme; até as crianças que nem mesmo sabem o que é nostalgia, sentem o coração ficar apertado com o desenrolar do filme.

Em Toy Story 3, Andy está indo para faculdade e precisa decidir o que vai fazer com os brinquedos antigos: se vai levar junto com ele para a nova etapa da vida, se deixa guardado no sótão de casa, joga fora ou entrega para doação. E mais uma vez o desenrolar da trama está baseado nas grandes confusões que esses brinquedos fazem. Andy decide guardar todos no sótão, menos Wood - o escolhido para ir para faculdade. Com medo de ir parar no lixo, os outros brinquedos procuram outro local para morar: a creche Sunnyside.

Mas se Toy Story 3 aposta na fórmula do "mal-entendido" para desenvolver a trama, esse é só o embasamento do roteiro. Desde o primeiro filme da trilogia, a estória começa em um ponto e vai tomando rumos completamente inesperados; e o mesmo acontece nesse último filme.

A grande diferença dos filmes da Disney/Pixar é a possibilidade de fazer com que o espectador se identifique com os personagens. Eles são mais humanos, possíveis e reais. Mesmo nos personagens mais malvados, pode ser que, mesmo lá no fundo, a platéia veja um pouco da sua própria personalidade projetada na tela.

Toy Story 3 também tem acerto na medida do humor que utiliza. O filme consegue divertir as crianças e seus pais. Os mais novos entendem aquilo que é mais simples e os mais velhos se divertem com as críticas sutis ao comportamento da sociedade. Um exemplo é o relacionamento de Berbie e Ken.

Mas esse é o grande pazer dos filmes da Disney/Pixar: cada vez que o espectador assiste, vai descobrindo novos aspectos do filme, novas piadas e novas críticas. É muito bom saber que toda a trilogia de Toy Story 3 foi bem sucedida e que esse é só o começo para uma série de filmes que podem render muitos frutos: os produtores dos dois estúdios já pensam em realizar novos filmes sobre os personagens mais marcantes de Toy Story 3. E tem tudo para dar certo.


Ficha Técnica:

Toy Story 3 (Toy Story 3)
Estados Unidos - 2010
Direção: Lee Unkrich
Produção: Darla K. Anderson, Nicole Paradis Grindl
Roteiro: Michael Arndt
Fotografia: Dice Tsutsumi
Trilha Sonora: Randy Newman
Elenco: Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack, Ned Beatty, Don Rickles, Michael Keaton, Wallace Shawn, John Ratzenberger, Estelle Haris, John Morris, Jodi Benson, Laurie Metclaf, Blake Clark, Whoopi Goldberg
Duração: 103 minutos

terça-feira, 15 de março de 2011

Aguirre, A Cólera dos Deuses


É muito curiosa a identificação do diretor Werner Herzog com os assuntos ligados ao "exótico". Em 1972 o cineasta filmou "Aguirre, A Cólera dos Deuses", baseado na real expedição do conquistador Gonzalo Pizarro em busca de El Dorado, a lendária cidade feita de ouro. E 10 anos depois, Herzog filmaria "Fitzcarraldo" que conta a tentativa do empresário Brian Fitzgerald de construir um imenso teatro às margens do rio Amazonas.

Ao longo da carreira, a maioria dos diretores vai conseguindo definir um estilo muito característico de filmar. Seja pelo assunto que tratam ou pela fotografia que frequentemente adotam, as produções acabam se tornando "marcas registradas" dos cineastas. Com Werner Herzog não foi diferente. Se o espectador pudesse assistir "Aguirre" e "Fitzcarraldo" um logo após o outro, iria perceber que as cores, os planos e algumas críticas são bastante características do diretor.

Apesar de ser baseado em fatos reais, "Aguirre, A Cólera dos Deuses" não trata da aventura da expedição em busca de El Dorado. O filme aborda as complicações da mente humana, quando o homem se deixa levar pela ambição. Logo de início dá pra ver que Aguirre é uma pessoa forte, obstinada e de personalidade forte. Mas por trás de toda essa armadura, o guerreiro não consegue se manter lúcido após tantos dias perseguindo seu objetivo.

Outro fator que ajuda a ilustrar as mudanças mentais nos participantes da expedição é o cenário do filme. Durante 5 semanas, a equipe de filmagem esteve no Peru e no Rio Amazonas para conferir à produção um caráter mais real. E é impressionante como Herzog consegue transferir ao espectador toda a solidão da expedição. A locação ao longo do Rio Amazonas é vazia. É possível ouvir o barulho do rio, dos pássaros e mais nada - a não ser os ataques contra os índios, é claro.

É interessante assistir a "Aguirre, A Cólera dos Deuses" para ver a excelente atuação de Klaus Kinski como o personagem principal. Na verdade, a parceria entre o ator e Werner Herzog foi bem sucedida. O diretor sabia como extrair de Kinski a atuação na medida certa para os papéis que deveria interpretar, que variaram de um guerreiro ambicioso a um vampiro expressionista. Outro fator que vale a pena em "Aguirre" é a fotografia. Thomas Mauch conseguiu mostrar ao espectador porque esses guerreiros não conseguem manter a lucidez se alguma coisa sai errada. Mas, como é possível imaginar, em alguns momentos o filme perde um pouco o ritmo e se torna cansativo. Mas é normal, já que o principal foco de Werner Herzog era o comportamento humano e não a ação.


Ficha Técnica:

Aguirre, A Cólera dos Deuses (Aguirre, der Zorn Golles)
Alemanha - 1972
Direção: Werner Herzog
Produção: Werner Herzog,
Roteiro: Werner Herzog
Fotografia: Thomas Mauch
Trilha Sonora: Herbert Prach
Elenco: Klaus Kinski, Ruy Guerra, Heler Rojo, Peter Berling, Eduardo Roland, Del Negro, Cecilia Rivera
Duração: 110 minutos

segunda-feira, 14 de março de 2011

Persépolis



Marjane Satrapi é uma jovem iraniana de 8 anos que não se enquadra no perfil das garotas da sua idade: ela sonha em salvar o mundo, ouve de punk-rock (na medida do possível) e questiona o direito das mulheres e dos cidadãos do Irã, que estão subjulgados pela religião. A história de Marjane Satrapi não é única. Os países que possuem ditadores no poder estão sujeitos a esse tipo de rebeldia e comportamento. A diferença é que poucas pessoas são corajosas o suficiente para manifestar essa insatisfação.

O livro em quadrinhos que deu origem ao filme foi publicado na França em 2002 e foi um sucesso de vendas por lá. Aqui no Brasil foi diferente, talvez os leitores brasileiros não estejam muito acostumados com o formato HQ. Mas a adaptação cinematográfica conseguiu popularizar a história de Marjane Satrapi. O filme foi realizado no formato de animação em preto e branco e conquistou a plateia; tanto que foi escolhido para ser exibido no Festival Internacional de São Paulo.

Talvez um dos motivos de "Persépolis" ter dado tão certo foi a participação da própria autora na direção do filme. O desenho dos quadrinhos é exatamente igual às imagens do cinema. E além da estética, Marjane Satrapi pôde levar para a tela tudo aquilo que imaginou enquanto escrevia o livro. O reconhecimento foi tão grande que "Persépolis" ganhou o Grande Prêmio do Juri no Festival de Cannes, seis indicações ao Cesar (prêmio francês) e candidato os Oscar de Melhor Filme de Animação.

"Persépolis" é mais que uma história de uma garota que se sente estrangeira no próprio país. O filme também mostra como os governos ditatoriais conseguem manter a população conformada com a vida que levam; como as crianças são doutrinadas a acreditar em todas as palavras do ditador, desde o período colegial; como as crenças da família são jogadas em segundo plano para que nenhum integrante sofra as consequências por expor ideias contrárias as do governo etc. Dá pra ter uma aula de alienação e "lavagem cerebral".

O filme de Marjane Satrapi e Vincent Paronnau está longe de ser enquadrado nos clichês do cinema: a proposta tridimensional dos Estados Unidos, as viagens fantásticas dos japoneses e a infantilidade das animações. "Persépolis" é a adaptação de uma história real para o cinema. Sem muitos disfarces e apelos.


Ficha Técnica:

Persépolis (Persépolis)
França - 2007
Direção: Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud
Produção: Xavier e Marc-Antoine Robert
Roteiro: Vincent Paronnaud, baseado no livro de Marjane Satrapi
Fotografia: Marisa Musy
Trilha Sonora: Olivier Bernet
Elenco: Chiara Mastroianni, Catherine Deneuve. Danielle Darrieux, Simon Abkarian, Gabrielle Lopes Benites, François Jerosme
Duração: 95 minutos

sábado, 12 de março de 2011

Melhores Filmes da Década I





A década de 1900 foi uma das mais importantes para a história do cinema. Foi durante esses anos, que os filmes passaram a ser vistos como diversão para todas as classes. Exemplo disso foi a criação dos nickelodeons: pequenas salas de cinema, montadas em lojas adaptadas. Essas "salas" eram muito comuns nos Estados Unidos e eram mais frequentadas por trabalhadores das grandes cidades. Já entre as camadas mais altas da sociedade o filme que realmente fez a diferença no modo de analisar o cinema foi "O Grande Roubo do Trem" (1902) de Edward S. Porter.

Mas enquanto nos Estados Unidos o cinema já estava desenvolvendo linguagem própria, na França, a empresa Film d'Art produzia filmes adaptados de obras literárias com elenco composto por atores de teatro; o que não significa que as produções do país eram mais pobres ou atrasadas, era apenas uma outra visão do cinema. E em 1901 o estúdio francês Pathé era o maior do mundo. Na Europa, ele só concorria com o Gaumont. É curioso pensar que enquanto a França já possuía os maiores estúdios do mundo, os Estados Unidos ainda faziam as pessoas assistirem filmes em locais improvisados. Mas essa situação já estava próxima de mudar. Em 1908 foi criado o Motion Pictures Patents Company, que controlava a produção e exibição dos filmes e obrigava os diretores a utilizarem materiais aprovados pela empresa, que era controlada pelos Estados Unidos.

Os filmes da década de 1900 até 1910 são bastante difíceis de encontrar. Nessa época os estúdios exibiam os filmes e, praticamente, os jogavam fora, acreditando que eles não serviam para mais nada. Mas várias cópias foram salvas e permitem que os estudiosos de cinema entendam a produção da época. Entre os filmes mais importantes do período estão:

1) Viagem à Lua, de George Méliès. O curta-metragem filmado em 1902 trata de uma expedição que os humanos fizeram à lua.

2) O Grande Roubo do Trem, de Edward S. Porter. Considerado o primeiro western da história do cinema, o filme de 1903 narra a execução de um assalto em um trem.

3) O Nascimento de Uma Nação, de D. W. Griffith. O filme de 1915 narra a Guerra Civil Americana vista por duas famílias: a dos abolicionistas do Norte e os escravistas da Sul. O Nascimento de Uma Nação é um dos filmes mais polêmicos de todos os tempos por mostrar o embrião da organiação Ku Klux Klan que até hoje pratica atos de racismo. Por isso, D. W. Griffith foi acusado de racista.

4) Os Vampiros, de Louis Feuillade. Considerado a primeira série da história, em 1915 o diretor de inspira no folhetim "Os Subterrâneos de Paris" e realiza os 10 episódios. Os Vampiros foi inspirador para cineastas como Luis Buñuel.

5) Intolerância, de D. W. Griffith. A narrativa escolhida pelo diretor em 1916 já vale a pena. Griffith intercala 3 estórias diferentes que falam sobre o amor. Hoje em dia a narrativa pode ser comparada a dos filmes "Amores Brutos", "Crash" e "21 Gramas".

6) O Gabinete do Doutor Caligari, de Robert Wiene. Esse filme de 1919 foi uma das primeiras obras de um dos mais importantes movimentos do cinema: o expressionismo alemão. Dr. Caligari e sua criatura realizam uma série de crimes em uma cidade.

Lembrando que esses foram apenas alguns filmes importantes da década de 1900 até 1910.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Amnésia



Uma das maiores injustiças que o Oscar cometeu na categoria "Roteiro Original" foi não ter premiado Christopher Nolan por "A Origem". Afinal, "O Discurso do Rei" já é uma história real - sem querer discutir sua qualidade do filme, é claro - mas a ideia de Christopher Nolan é impressionante e surreal. E o mesmo acontecem com "Amnésia". É certo que não é tão diferente quanto "A Origem", até porque o que sobressai em "Amnésia" é a narrativa, mas até os mínimos detalhes - que são a marca registrada do diretor - estão lá.

A namorada de Leonard Shelby (Guy Pearce) foi brutalmente assassinada e ele prometeu que o sentido de sua vida seria achar o assassino. O problema é que Leonard não consegue guardar informações por muito tempo. E as únicas lembranças concretas que ele tem são as de antes do incidente. Para lembrar dos acontecimentos recentes Leonard utiliza bilhetes, tatuagens e a confiança das pessoas. Além do roteiro ser intrigante, a narrativa escolhida por Christopher Nolan foi essencial para que o filme desse certo.

A trama toda é contada de trás pra frente. É verdade que em alguns momentos o espectador se sente perdido em meio às ideias de Leonard. Mas o que poderia ser enquadrado como uma falha é, na verdade, a intenção do diretor. Christopher Nolan faz a platéia sentir toda a dúvida e a impotência do personagem principal. A pior sensação desse filme é ter que passar o resto da vida confiando cegamente nas pessoas; até mesmo naquelas que você nunca viu.

Para entender "Amnésia" é necessário toda atenção do mundo. Só dessa maneira vai ser possível entender os pequenos detalhes e metáforas utilizadas pelo diretor. Mas tudo vale muito a pena. É incrível como Christopher Nolan transforma um filme de gênero policial/suspense em uma obra fantástica e complexa - no bom sentido. Mas além de atenção é preciso que o espectador compre a narrativa e siga com ela até o fim. Caso contrário, ele vai perder o melhor da produção.

"Amnésia" é um daqueles filmes que o final é o que menos interessa; já que o filme já começa pelo fim. O que realmente está em questão é o desenrolar da trama. Christopher Nolan é, com certeza, um diretor muito promissor. Se ele tiver liberdade para efetivar tudo o que imagina, grandes filmes virão futuramente.

Lançado primeiramente no circuito de cinema de arte, "Amnésia" não subestima o público: o diretor realmente acredita que a plateia vai comprar a ideia da narrativa e vai entender aonde o filme quer chegar. "Amnésia" não tem nenhuma fraqueza ou erro. É um filme muito bem construído, com atuações brilhantes - principalmente as de Guy Pearce, Joe Pantoliano e, secundariamente, Carrie-Anne Moss.



Ficha Técnica:
Amnésia (Memento)
Estados Unidos – 2000
Direção: Christopher Nolan
Produção: Suzanne Todd, Jennifer Todd
Roteiro: Christopher Nolan
Fotografia: Wally Pfister
Trilha Sonora: David Julyan
Elenco: Stephen Tobolowski, Guy Pearce, Joe Pantoliano, Larry Holden, Carrie-Anne Moss, Jorja Fox, Harriet Samson Harris, Callum Keith Rennie, Mark Boone Junior, Marianne Muellerleile, Russ Fega, Thomas Lennon, Kimberly Campbell
Duração: 114 minutos